Preciso dizer que quando vi sobre a exposição da Dior em Paris, o sonho de ver a grandiosidade dessa exibição me parecia ainda distante.

E, confesso que até a hora em que pisei lá dentro isso não me deixava acreditar que era real. A começar pelas DUAS horas na fila em pé. Hahaha

Mas, não tinha outra alternativa, após passar algumas vezes pelo Louvre e ver a extensão quilométrica de pessoas à espera na entrada, eu decidi que meu penúltimo dia na cidade seria dedicado a esse feito. Mais precisamente, uma manhã inteira, porque depois do tempo dessa espera, adicione aí mais duas horas só para apreciar a exibição do lado de dentro. 

Até porque, não era pra menos. Os dados deixam qualquer pessoa que goste de moda boquiaberto: essa foi a maior exposição de moda já exibida no Arts Décoratifs com cerca de 300 vestidos, mil documentos, dezenas de obras de arte entre croquis originais e vídeos que retratavam cada momento da grife.

Tudo para celebrar as sete décadas de uma das mais importantes grifes do mundo. Inclusive o New Look, revolucionário de Christian Dior que modificou toda a estética de uma era Pós-Guerra estava exposto em uma redoma de vidro e atraindo, claro, registros por todos os lados. Quase impossível garantir um clique sem ninguém ao redor...

Aliás, a vontade de registrar absolutamente tudo o tempo inteiro foi recorrente. A cada passo uma nova surpresa, um encantamento inevitável e a vontade de eternizar tudo aquilo que era captado com o olhar. A exposição que ocupou nada menos do que os dois princiais espaços para exposições temporárias do museu distribuídos em 3000 m². 

Apesar de tamanho sucesso, a carreira de Dior na moda é considerada curta, e foi muito bem ilustrada em sessões que traziam a história da maison em ordem cronológica. A Dior de Yves Saint Laurent:

De Galliano:

De Raf Simons:

E de Maria Grazia Chiuri:

Tudo pôde ser visto ali a olho nú. A vontade era de tocar, não fosse o sensor que disparava a cada aproximação. Hahahaha

A riqueza de detalhes de cada cenário, sem dúvidas, deu um toque de magia a cada estágio da exposição. Entre as de tirar o fôlego, estão o cenário de flores com inacreditáveis vestidos haute couture bordados à mão e também o momento final, com direito a um jogo de luzes e som.

Não posso esquecer de falar  de um dos momentos mais incríveis: uma sala toda branca e clean com as modelagens dos vestidos. E em destaque, uma das costureiras da grife devidamente posicionada bordando ao vivo e interagindo com quem passava por ali.

Ah, e não posso esquecer desse cenário incrível com todas as capas de revista do mundo com looks Dior:

Numa das partes finais, o look criado especialmente para Gisele por Galliano. Esse desfile foi um dos mais marcantes pra mim, pois o relatei num trabalho da faculdade de jornalismo. E foi justamente nesse trabalho que despertei o meu olhar para a moda. Foi o start! Quem me conhece também sabe que Gisele é minha top favorita e olhem que realização: ver essa criação bem ali na minha frente. Foi especial!

E quem quiser conferir mais detalhes pode clicar aqui e assistir no meu canal no youtube: 

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